A pesquisadora

Quando era criança, pensava que queria ser atriz ou cientista.


Um dia me vi artista em um espaço de Ciência, o Museu da Vida, da COC/Fiocruz.

A relação entre Arte e Ciência se tornou um tema cotidiano durante os anos de 1997 e 2006. E pode-se dizer que apenas se começava a refletir e pesquisar especificamente sobre este campo do saber no Brasil.

Enquanto isso, a interatividade tornou-se palavra chave e intensificava o diálogo entre estes campos de saber.

Foi neste caldo cultural que decidi fazer o Mestrado em História das Ciências, na Casa de Oswaldo Cruz, o que resultou na dissertação orientada pela Prof. Dra. Luciana Sepúlveda Köptcke e defendida em 2004, “Relações entre Arte e Ciência em Museus e Centros de Ciência de 1969 a 2000”.

Esta dissertação procura ser um estudo exploratório das características das Relações entre Arte e Ciência nos Centros e Museus de Ciência entre os anos de 1969 e 2000. Com o estudo percebeu-se a recorrência de três tipos de relação, independente da manifestação artística concretizada nestes espaços: uma relação de apoio estético, ilustração ou informação, que foi denominada neste trabalho “Relação com a Arte Exposta ou Apresentada”, uma relação de utilização ou suporte, aqui denominada “Arte como Suporte de Conteúdos Científicos” e uma relação de troca, complementaridade, aqui denominada “Arte e Ciência como propositoras/provocadoras de experiências”. O referencial teórico foi o trabalho de Pierre Bourdieu (1930-2003), desde o momento em que foi necessário delimitar o objeto a ser pesquisado, quando nos vimos frente à opção de estudar mais extensivamente o “conjunto dos elementos pertinentes do objeto construído”. Neste trabalho, nos guiamos pelo que Bourdieu denomina de “espaço dos possíveis”, a definição de um sistema de coordenadas que situe e relacione os agentes/atores envolvidos nas práticas e reflexões que relacionam Arte e Ciência no espaço do Museu ou Centro de Ciência no período mencionado. O modo de pensar relacional de Bourdieu, se dá a partir da formação de campos. Neste trabalho enfocamos o campo artístico e o campo científico. São propostas algumas razões para a existência destas categorias, resultado da análise bibliográfica sobre os temas Arte, Ciência e a construção de suas relações. Enfocamos ainda o tema Museu enquanto instituição frente às mudanças histórico-sociais e ao surgimento dos Centros de Ciência procurando identificar as interações existentes que potencializam a prática e reflexão da Arte nos espaços de memória e divulgação da Ciência. Para complementar a análise bibliográfica, foi efetuada uma dinâmica de escuta de atores/agentes dos campos relacionados ao tema, focada nas instituições ligadas à quatro associações de museus: a ABCMC, a Red POP, a ASTC e o ICOM.

Ainda como fruto deste processo, no blog Coelho em Cores permanecemos ativando temas que tratam da Relação entre Arte e Ciência.

E se quiser saber mais, pode dar uma olhada em meu currículo Lattes, o que tem lá realmente fiz. Embora sempre precise atualizar, pois estudar e pesquisar são atividades que não devem cessar.



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